O quarto é ao mesmo tempo o refúgio e a prisão.
Através do vidro da janela o sol se transforma em um único feixe de luz que invade o ambiente.
Na luz estico as pontas dos meus cabelos que são sempre tão escuros, mas no sol vejo os fios avermelhados, os tons castanhos mais claros, um festival de cores na minha cabeça.
Penso nas borboletas de Caio Fernando Abreu, e nas borboletas que vi no meu quintal.
As borboletas são sempre coloridas.