Tem um lado meu, aquele lado doce e sensível, que diz que se eu estou com vontade de chorar é meu direito chorar, mas o outro lado, analítico e tirano, me embarga a voz na tentativa de segurar o choro não merecido.
Nessa de chorar vs não chorar, não resolvo nada. Amontoou a culpa, a raiva, o ciúme, e deixo eles paradinhos dentro de algum espaço que antes estava vazio, deixo que as coisas entre eles fiquem tão ruins que em algum momento o botão de autodestruição será acionado, e aí, com choro ou sem choro, nada mais importa. Se foi, assim como tudo se vai.
Menos você, você insiste em ocupar um lugar vazio. Onde está seu botão de autodestruição, onde está?