O som da chuva caindo pesada lá fora invade meu quarto.
Presto atenção na água que corre pela calha, nas gotas respingando nas poças, o vento que muda a direção da chuva.
O som que vem lá de fora me lembra o som da sopa fervendo na panela numa noite fria dos anos 90.
A sopa quente aquecia o corpo, a sopa quente feita pela minha mãe aquecia também o coração.
Hoje a noite não está fria, o calor vem até castigando.
A chuva orquestrada, pesada e tão sonora me lembra que mesmo em noites quentes eu não posso esquecer de aquecer meu coração.