Que medo de ser como os livros que eu tenho na minha estante
Esses livros com dedicatórias cheias de afeto, livros com mais histórias do que as propriamente escritas em suas páginas. Páginas folheadas e devoradas por mim
Capítulos repletos de promessas que eu mesma fiz e não cumpri
As histórias que poderiam ter encontrado outros olhos, outras mãos, outros sorrisos e emoções, estas histórias se fecharam, voltaram para a minha estante
As histórias que eu sei de cor e que levam um pouco de mim, guardadas, escondidas, seguras, à salvo dentro de livros enfileirados numa estante amarela
Minha vida, um pouquinho dela, uma dedicatória emocionada, ninguém pra ler. Ninguém além de mim